A praça é nossa!!!!
Mostra Nacional de Musica com Robson Bass, Toninho Borbo e Sex on The Beach embala o público no fim do domingo
O 36º Festival de Inverno de Campina Grande neste domingo realizou um grande evento musical na Praça da Bandeira e aberto ao público. A Mostra Nacional de Musica do Festival iniciou por volta das 17 horas, com o show de Robson Bass, depois passaram pelo palco Toninho Borbo e Sex on the Beach. Um público jovem e bem diversificado marcou presença na praça, e reclamaram da falta de banheiros públicos.
As apresentações de Mostras de Dança, Música e Teatro na Praça da Bandeira durante o Festival de Inverno já são tradição, principalmente por ser um local central e a grande movimentação de pessoas pela praça, afinal é umas das maiores e mais populares praças da cidade.
Segundo Jorge Ribbas, professor de música na UFCG e coordenador das Mostras Nacionais de Música, na hora de selecionar as bandas a serem tocadas no Festival, foi priorizado a diversidade musical, procurando unir MPB, jazz, rock, pop, etc., entre bandas cover e autorais. “ O Festival está no seu 36º ano de realização. È uma militância em busca da emancipação de recursos para as realizações desses eventos.”, disse Ribbas, que ainda complementa: “Era pra ser um dever constitucional do Estado fomentarem a cultura e os artistas do país. Deveriam entender que quando disponibilizam os recursos pros eventos eles estão beneficiando toda uma classe de artistas além de estarem valorizando a cultura. O Festival é só a ponta do Ice Berg, mas por traz desta ponta está toda uma pirâmide formada por artistas e profissionais da área cultural que sse beneficiam com os recurso que viabilizam o evento.”
O Show de Robson Bass começou com um pouco de atraso, porém o cantor tocou seu repertório com muito entusiasmo. Neste Show ele tocou músicas inéditas do seu novo álbum que está sendo produzido e tem influência de músicas caribenhas, salsa, tango, flamenco, reggae e brega; mescladas com músicas do seu primeiro álbum “Tercina Plug”, produzido pela FUMIC – Fundação de Incentivo a Cultura – que mistura com influencias árabes, tango, flamenco, salsa, drumm bass, samba e Rock. “A música que mais gosto é “Pedra Bruta”, que é baseada numa musa inspiradora.” Disse Robson Bass, e ainda comenta: “vim saber que estava inscrito no ultimo sai da inscrição (...), quem me escreveu foi Toninho Borbo!”
E quando Toninho Borbo subiu ao palco, ele trouxe o seu jeito espontâneo de cantar, tocar e interpretar suas músicas. Ele tocou as suas músicas mais conhecidas, principalmente as seu album mais recente “Para Fins de Mercado” (2007) - “Algumas pessoas acham que fiz o disco para vender, visando o mercado, e não é isso. Ele é uma ironia sobre o capitalismo!” Disse Toninho sobre este ultimo disco.
A carreira de Toninho se iniciou no fim dos anos ’90, quando participou do FESTIMUSI em ’97 e ‘98. E diante de suas diversas experiências de vida e contatos com grandes obras na faculdade, ele foi construindo essa personalidade espontânea que cativa o público. São cerca de três álbuns e duas coletâneas que ele já lançou em sua carreira, e suas musicas sempre trazem uma proposta diferente ao MPB, com uma pegada mais Rock. Até uma de suas músicas virou rit dos fones da claro, mas quando pergunto qual a sua preferida ele diz: "Gosto muito da música “Só Alma”, que fala sutilmente sobre a origem e o despertar do homem”. E depois foi a vez da banda Sex on The Beach entrar em cena. Eles fizeram um show super empolgante, e têm uma proposta bem curiosa. Composta por apenas três integrantes, a banda faz um estilo surf music instrumental. Éh isso mesmo, esta banda de Rock não tem vocalista!
A banda começou a pouco menos de um ano e meio, com estudantes de outros estados que se conheceram aqui em Campina, e decidiram fazer uma banda. Segundo Diogo Rocha, guitarrista da banda ele começaram com o surf music e foram unindo suas experiências e influências e fizeram o que é hoje a banda. “dizemos que somos como um trem, onde cada vagão traz sua história, suas experiências e influencias, e unidos estamos vagando pelos trilhos da vida”, disse Diogo.

Quando a banda se formou eles tiveram dificuldades de achar um vocalista, e então decidiram fazer uma banda instrumental. “Procuramos unir o útil ao agradável. Diante da dificuldade de encontrar alguém próximo para ser o vocalista da banda, tivemos a curiosidade de ver como apenas os instrumentos poderiam se comunicar com público, e descobrimos que a linguagem instrumental é tão comunicativa quanto qualquer outra.”, disse Marlon Andrade, baixista da banda. Na edição do ano passado do Festival eles fizeram uma participação no show da banda Cabruêra, e este ano eles vieram com seu show eles tocaram os clássicos de trilhas sonoras bem conhecidas pelo público. E ao perguntar se havia alguma música que eles gostassem mais eles disseram que curtem todas as músicas. “Não tem uma em especial, tocamos sempre o que nos dá vontade no show, não temos um roteiro em nosso repertório”, disseram os dois integrantes da banda.
Durante o evento, mais uma vez encontrei meus colegas da TV Paraíba, e aproveitei para perguntar a Lucy Lima, apresentadora do JPB 1ª Edição, como é vida de um jornalista:
“A Carrera de jornalista é bem difícil, bem corrida e cansativa, só continua quem gosta, porque também financeiramente não é o que as pessoas pensam. Mas todo mundo que faz jornalismo e permanece na profissão é por paixão. As coisas acontecem a qualquer momento, ás vezes você está fazendo uma matéria e de repente é chamada pra outra. Não há como ter um planejamento, a gente até tenta planejar os dias, horários e matérias a se fazer, dependendo do que está acontecendo. A gente entra na redação e não tem hora pra sair, trabalhamos nos fins de semana e feriados, não tem folga! Fazemos escalas na equipe pra poder garantir um fim de semana, mas folga mesmo só nas férias! Mas é ótimo! É uma paixão, e pra mim que nasci aqui em Campina Grande, poder trabalhar em minha cidade é maravilhoso!”

O público caloroso de Capina Grande marcou presença e dançaram e se divertiram ao som dos artistas que passaram pelo palco. Mas ao perguntar sobre o Festival eles concordam com a opinião do professor Jorge Ribbas quanto a questão da falta de recurso para eventos do tipo. Segundo Georgia Araújo Freire, Socióloga de Pernambuco, a Secretaria de Cultura deveria investir mais no Festival, e ainda completa: “Por ser o 36ª edição do Festival, faltou uma maior divulgação do Festival, pois se fosse comparar com o ‘jovem’ Festival de Inverno de Garanhuns, já passou da hora de investirem no potencial de Campina Grande”. Algumas pessoas do público também reclamaram da falta de banheiros químicos no local.
E o vento continua, haverá mais shows na praça da Bandeira além de diversas programações de Teatro e Dança, acompanhem a programação em: http://festivaldeinvernocg.com.br/ . =^)
OBS.:FOTOS DO EVENTOS NO LINK:
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