Jornal do Festival - 26.07

Diversidade na Praça

Bandas tocam na praça da bandeira músicas com mix de cultura regional e diversas influências musicais, e quadrilha de meninos de rua tenta assaltar o público!

    E esta terça, 26 de julho, a Mostra Nacional de Música do Festival trouxe a verdadeira diversidade musical. As três bandas que passaram hoje pela Praça da Bandeira uniam diversos estilos musicais e principalmente buscaram valorizar a cultura popular, o que resultou em sons bem diferentes,envolvendo desde o forró e o xaxado, até o nosso querido Rock!
 A apresentação começou por volta das 17 horas com a Banda Boa, uma banda bem diversificada que toca músicas que misturam, xaxado, reggae, pop, rock entre tantos outras influências, buscando enaltecer a cultura campinense. Segundo Junior, vocalista, a banda surgiu de uma idéia de resgatar a patrialização do município. “Fizemos uma pesquisa e descobrimos que Campina Grande é uma das cidades mais cantadas do nordeste. E decidimos resgatar esse movimento fazendo musicas em homenagem a nossa cidade com uma linguagem mais moderna, visando o acesso aos jovens”, disse Junior.
   E claro, não deixamos de falar da influência do Rock nas suas músicas, e, visto o Rock como uma linguagem universal, eles buscaram unir esta influência ás obras de Luiz Gonzaga, para trazer ao seu público jovem a cultura campinense. A banda tocou músicas dos seus dois álbuns lançados, o “Campina Grande, uma História Cantada” e seu novo cd ao vivo.
   E depois da Banda Boa, subiu ao palco a tradicional banda instrumental de Campina, Oxent Groov, que também traz essa mistura de diversos tipos de som, fazendo uma união da música popular nordestina com o jazz. Tocaram músicas de seu álbum “Quatro Cobras”. “Esses caras tocam de mais! É uma verdadeira aula musical, pra quem gosta!” disse Valber Torres, baterista da banda Meia de U.S.
  A banda começou depois de uma conversa informal entre os amigos, quando surgiu a idéia de fazer uma banda instrumental com uma pegada jazz e valorização da cultura nordestina. Esta é a primeira vez que Oxent Groov participou do Festival. “Foi maravilhoso poder participar deste evento” disse Vangeles, que tocava acordeom – ele também fez participação na Banda Boa.
  E pra encerrar a apresentação, entrou no palco o cantor Junior Cordeiro com todo o seu jeito misterioso e mítico de cantar. Suas músicas, além de fazer um mix com diversas influências musicais, principalmente o pop, as musicas regionais e o rock (claro!), o que mais é interessante são as letras das músicas que falam muito de mitos e histórias tradicionais nordestinas. “Eu canto o mundo mítico” disse Junior, que ainda completa “Não sou um místico, que pratica esoterismo. Sou mítico, conto os mitos e lendas regionais nordestinos”.
 O cantor já tem dois álbuns em sua carreira: “O Lago Misterioso” que foca em mitos e lendas regionais; e o “Nordeste Mítico” que alem de falar do mundo misterioso, também traz uma reflexão sobre a existência do homem, as tradições nordestinas e o imaginário. A banda foi convidada a participar do festival pelo Professor Jorge Ribbas, que também é o produtor da banda, e acham que o evento e uma ótima iniciativa com o intuito promover a cultura popular, com o propósito de interagir com o público e proporciona o acesso a cultura. “É maravilhoso para as pessoas que não têm o acesso à cultura, e são obrigados a consumir apenas o que é divulgado na mídia... como dizem, cachorro só come osso porque ninguém lhe dá  filé!”
  E Claro, eu não poderia deixar de registrar mais uma vez a presença do público campinense, que mais uma vez prestigio o evento do Festival na praça, dançando, cantando e contemplando o trabalho dos artistas que passaram pelo palco. “Gostei muito do Oxent Groov, foi ótimo, dancei um bocado... o evento deveria acontecer mais vezes!” disse Denise, bailarina de dança do ventre.


DENÚNCIA:  um ABSURDO!! Uma quadrilha formada por três meninos de ruas – isso mesmo, crianças entre 8 e 10 anos, no máximo! – tentavam praticar pequenos assaltos em meio ao público. Eles abordavam as pessoas sem nenhuma distinção, chegavam pedindo dinheiro e quando não recebiam ameaçavam as vítimas com uma faca. “Eu vi eles abordando grupos de amigos, pareciam estar drogados... eu , quando vi aquilo, não sabia se sentia medo ou pena daquelas crianças.” Tasmaria, esta jornalista que vos fala! =^)

APOIO:

  

Comentários