Muitas mensagens de revolta às declarações da jornalistas levam Sindicado de Jornalistas a emitir uma nota de repúdio.
Na edição do Jornal SBT de ontem, dia 4 de fevereiro, A âncora do programa, Rachel Sheherazade, fez um declaração "pesada" diante de uma notícia onde "justiceiros" teriam torturado um possível assaltante.
O fato é que realmente ele pode ter se excedido, diante de algum sentimento pessoal ao dar aquela notícia. Mas a opinião pública se manifestou severamente sobre seu comentário, pois durante o dia de hoje viu-se nas redes sociais muitas manifestações de internautas que viram o tal comentário.
O caso se tornou tão sério que, além das atitude de desgosto do público, até Sindicato de Jornalistas do Rio de Janeiro se pronunciou publicamente com nota em repúdio à atitude de Rachel, e ainda solicita A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiro.
Veja abaixo a nota de Sindicato:
"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética desta entidade se manifestam radicalmente contra a grave violação de direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros representada pelas declarações da âncora Rachel Sheherazade durante o Jornal do SBT.
O desrespeito aos direitos humanos tem sido prática recorrente da jornalista, mas destacamos a violência simbólica dos recentes comentários por ela proferidos no programa de 04/02/2014, Sheherazade violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.
O Sindicato e a Comissão de Ética do Rio de Janeiro solicitam à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que ocorrem de forma rotineira em programas de radiodifusão no nosso país. É preciso lembrar que os canais de rádio e TV não são propriedade privada, mas concessões públicas que não podem funcionar à revelia das leis e da Declaração Universal dos Direitos Humanos."
Fontes: jornalistas.org.br
Veja aqui a ancora que causou toda essa polêmica:
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