CINEMA: 'O Shaolin do sertão' mistura 'Karate kid', Hitchcock e barroco, diz diretor

Filme estreia em todo Brasil após levar 45 mil pessoas aos cinemas no Ceará. Sucesso de 'Cine Holliúdy', longa de 2013, deu empurrãozinho no projeto.

Edmilson Filho em cena de "O Shaolin do sertão";  (Foto: Divulgação)
“O Shaolin do sertão” chega aos cinemas de todo o país nesta quinta-feira (20), depois de uma bem-sucedida estreia no Ceará e de receber um empurrãozinho de outro filme para acontecer. "Era uma produção para ser feita caso o 'Cine Holliúdy' desse certo. Seria mais possível conseguir o recurso e também teríamos mais maturidade", explica o diretor Halder Gomes.

Ele se refere ao seu longa anterior, de 2013, assim como a nova produção ambientado no interior do Ceará e que jogou luz sobre seu nome no mercado de comédias nacionais. Depois de penar para encontrar uma distribuidora, o filme foi assistido por cerca de 500 mil pessoas. "Shaolin" parece acompanhar o ritmo. Em uma estreia restrita em sete municípios do Ceará na última semana, levou 45 mil aos cinemas. Ficou em primeiro lugar no Estado - superando até Tom Hanks e seu "Inferno". Entrou no top 10 de bilheterias do Brasil.
Falcão e Edmilson Filho em cena do filme (Foto: Divulgação)
 
'Karate Kid' cearense
De fato, as artes marciais nunca foram muito exploradas nos filmes brasileiros - embora também estejam em "Cine Holliúdy", como coadjuantes. A nova história gira em torno de Aluízio Li (Edmilson Filho), um padeiro que acredita ser um monge Shaolin e, por isso, vira chacota na cidadezinha de Quixadá.

Edmilson Filho em cena do filme (Foto: Divulgação)
Sua pacata vida fantasiosa é estremecida quando decide treinar para se tornar um mestre do kung fu e, assim, enfrentar o lutador de vale-tudo Tony Tora Pleura (Fábio Goulart). O elenco tem ainda nomes como Dedé SantanaFafy SiqueiraMarcos Veras, Tirulipa, Bruna Hamú e o cantor Falcão.
Falcão em cena do filme (Foto: Divulgação)
É uma espécie de "Karate kid" (1984) cearense, com referências a outras histórias do gênero. O diretor cita "Operação dragão" (1973), "O grande dragão branco" (1988) e "Kung fu panda" (2008), além de outras inspirações, digamos, mais improváveis. "Tem referências a 'Os pássaros', de Hitchcock, ao [músico francês] Serge Gainsbourg, a cantores barrocos (...). Diria que é um filme barroco. São vários elementos artisticos, que vão do popular ao erudito. É uma reunião de expressões improváveis em um mesmo trabalho", arrisca o cineasta.

fonte: G1


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