Mais de 100 detentos fogem de presídio de segurança máxima PB1 em João Pessoa; PM morre após ser atingido durante perseguição
Pelo menos 105 presos fugiram da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, na madrugada desta segunda-feira (10) em João Pessoa, segundo nota divulgada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Até as 13h42, 43 detentos foram recapturados, segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Segundo a Polícia Militar, as principais divisas com Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará foram fechadas.
Um tenente da Polícia Militar foi baleado na rodovia estadual PB-008 e teve morte cerebral confirmada, segundo a Seds. Erivaldo Moneta, de 36 anos, estava em um posto policial que teria sido alvo de vários tiros após a fuga de mais de 100 detentos.
O presídio tem capacidade para 660 presos e atualmente tinha cerca de 680 detentos, conforme o secretário Sérgio Fonseca. De acordo com o sistema Geopresídios, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a unidade prisional tinha 681 presos em 644 vagas. Segundo a Seap, "a quantidade de agentes no local era suficiente para fornecer a guarda do PB1, foi uma ação pontual".
O comandante-geral da Polícia Militar da Paraíba, Euller Chaves, afirmou que "todas as forças de segurança estão buscando caçar esses elementos. A PM está de prontidão nas ruas, vamos dar proteção adequada à população. Vamos buscar efetivamente resgatar naturalmente a sensação de insegurança (após a fuga em massa)".
O secretário de segurança Cláudio Lima disse que "as escolas estaduais estão funcionando. Mas nós não temos poder de mando sobre as municipais. Podemos dizer que a polícia vai estar nas ruas. Não teve nenhum grande problema".
Como foi o ataque e resgate de presos no PB1

De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão principal. Havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que perfura a parede. Por causa da munição utilizada pelos criminosos, os agentes penitenciários tiveram que se abrigar.
Nesse momento os criminosos conseguem se aproximar e usar os explosivos no portão da frente e da lateral do PB1. Eles tiveram acesso à unidade prisional e com um alicate conseguiram arrombar os cadeados para libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e acusado de explosões a bancos e carros-forte. Após ele ser resgatado, os demais presos também pegam os alicates para abrir as celas.
O secretário de administração penitenciária disse que foi observado o circuito de câmeras do presídio e, quando os criminosos entram no PB1, invadem o pavilhão e vão diretamente na cela de Romário. Quando ele sai, recebe um fuzil e comanda a ação de fuga.
Policial militar morto
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Tenente da PM na Paraíba Erivaldo Moneta da Silva de 36 anos. Ele foi baleado na cabeça durante a fuga em massa. |
Durante a fuga dos detentos, um policial militar foi baleado na cabeça, próximo a Academia de Polícia Civil (Acadebol), na PB-008. Um grupo fechou a rodovia e houve troca de tiros. Ele foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena em João Pessoa, onde permaneceu até o fim da manhã desta segunda-feira em grave estado de saúde. No entanto, o hospital confirmou que o policial teve morte cerebral e, em seguida, o coração também parou de bater.
A vítima foi o tenente da Polícia Militar na Paraíba Erivaldo Moneta da Silva de 36 anos. Ele foi baleado na cabeça durante a fuga em massa. Ele era um militar dedicado e prestativo, de caráter ímpar e boa índole. O Tenente Moneta era um filho e pai exemplar, uma pessoa iluminada e especial para nós
Erivaldo Moneta era natural do Recife, em Pernambuco, e ingressou na Polícia Militar da Paraíba a partir de 2005 quando fez o Curso de Formação de Soldados após a aprovação no concurso público. O tenente foi baleado enquanto estava na Academia de Polícia Civil (Acadepol), que fica localizada na rodovia estadual PB-008, após troca de tiros com criminosos que estavam fugindo do Presídio PB1.
De acordo com o Capitão da Polícia Militar, M. Lima, o tenente Moneta era um pai e profissional exemplar. “Ele era um militar dedicado e prestativo, de caráter ímpar e boa índole. O tenente Moneta era um filho e pai exemplar, uma pessoa iluminada e especial para nós”, destacou.
Segundo a polícia, os criminosos que agiram no plano de fuga na unidade prisional chegaram em quatro carros e atiraram contra a guarita do presídio, o alojamento e o portão principal da unidade, arrombado com a detonação de explosivos. A Polícia Civil relatou que a ação tinha como objetivo possibilitar a fuga de quatro homens presos no início de agosto em Lucena após explodirem um carro-forte na BR-230.
Da Redação com informações do G1 e OP9
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