Quem foi Marighella, personagem do filme impressionante de Wagner Moura

O filme Marighella estreia no Brasil em 4 de novembro de 2021 e representa o primeiro trabalho de Wagner Moura como diretor. (imagem: internet)


O aguardado filme Marighella será lançado no Brasil em 4 de novembro de 2021, mas já passou por diversos festivais, sendo aclamado pela crítica especializada. Na estreia mundial no Festival de Berlim, em fevereiro de 2019, a produção foi aplaudida de pé pelo público.


Inspirado na biografia escrita pelo jornalista Mário Magalhães, o filme tem como foco os últimos cinco anos de vida do escritor, político e guerrilheiro Carlos Marighella, considerado um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira, com duração de 1964 ao dia 15 de março de 1985.


Entre os grandes nomes do elenco, ganham evidência Adriana Esteves, Bruno Gagliasso no papel do grande antagonista da trama, e o icônico Seu Jorge, grandemente elogiado pela interpretação do protagonista Marighella.


 Quem foi Marighella?

Nascido em Salvador, Bahia, em 5 de dezembro de 1911, Carlos Marighella é filho de uma baiana com um imigrante italiano. Alfabetizado desde cedo e um grande destaque nas instituições de ensino pelas quais passou, abandonou o curso de engenharia civil da Escola Politécnica da Bahia em 1934 para se filiar ao Partido Comunista Brasileiro (PCB).


Em seguida, mudou-se para o Rio de Janeiro com a ocupação de militante profissional do partido. A partir deste momento, engatou na carreira política com afinco, sofrendo pela opressão ideológica desde antes da Ditadura Militar.


Após ser preso, torturado e solto pela ditadura na Era Vargas, foi eleito deputado federal constituinte pelo PCB baiano em 1946. Depois, foi à China para estudar a revolução comunista chinesa. Quando a Ditadura Militar começou em 1964, Marighella foi preso e torturado em um cinema no Rio — situação decisiva para ele optar pela luta armada no combate ao regime militar.


Carlos Marighella é considerado um dos principais organizadores da luta armada contra a ditadura militar brasileira, além de ser responsável por fundar a Ação Libertadora Nacional (ALN). O grupo armado de esquerda enfrentou o regime e participou, por exemplo, do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick.


Considerado o “inimigo número 1” da ditadura militar, Calos Marighella foi morto em uma emboscada realizada em São Paulo no ano 1969, após uma longa batalha contra o regime militar.


Da Redção com a Rolling Stone



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